segunda-feira, 23 de abril de 2012

"..a very small cake on which the words "EAT ME" were beautifully marked in currants."


Tudo começou com um desafio. Uma receita que frustrou muitas famílias e que outras tantas juraram que nunca iriam repetir.

A receita, está aqui: CLR África

Antes de mais, um aviso: quer o meu Pai quer a minha Mãe são espectaculares na cozinha e essa espectacularidade passou toda, mas todinha para a minha Irmã, com certeza. 

Uma vez esclarecido este ponto e indo directa ao assunto...

As formas

O resultado da primeira tentativa foi:


Exacto, caixinhas queimadas e com buracos. As segundas, já ficaram melhor (mas inchadas):


O que eu acho que correu mal:

- nos primeiros, foi o facto de ter estendido a massa demasiado e ter ficado demasiado fina - em vez dos 255 gramas, usei 230 e deu-me para 25 caixas em vez das 16 que é a suposta quantidade da receita original; para além disso, pus o forno no modo de ventilação o que fez com que o calor se espalhasse mais depressa e os 15 minutos fossem tempo demasiado.

- na segunda fornada, acho que exagerei para o lado contrário e a massa ficou demasiado grossa (fiz 17 caixas).

Os meus conselhos para esta parte da receita são:

  1. 230g dão perfeitamente para 18 caixas;
  2. Tenham atenção ao aspecto dos pastéis e não confiem demasiado no tempo da receita;
  3. Esta fase ainda demora um bocado de tempo (eu demorei 1h15 + 15min forno na primeira fornada), aconselho a que reservem uma tarde para a fazerem, até porque pode ser que tenham de repetir a dose, como me aconteceu a mim;
  4. Quando polvilharem os ingredientes, primeiro misturem-nos, fica mais fácil para polvilhar depois (e, como diz a receita, sejam subtis com a canela e a noz moscada - eu não fui lá muito subtil...).


O recheio

Para aqueles que estão a pensar, ah, e tal, esta é a parte fácil... WRONG.

A coisa pior é mesmo fazer com que fique com um aspecto de "iogurte cremoso" e sem grumos. Eu bem mexi, mexi, mexi, e os grumos teimaram em aparecer!

Para além disso, como tinha muitas "caixas", decidi fazer recheio para 12, seguindo as proporções da receita... Só que acabei por encher 20 e ainda me sobrou imenso recheio...

Os meus conselhos para esta parte da receita são:

  1. O recheio chega para mais do que 8 caixas;
  2. Duas vagens de baunilha é claramente demasiado - para o meu gosto, claro, quem goste muito  de baunilha se calhar não vai achar exagerado...
  3. Peçam a alguém para vos ensinar o segredo de um creme sem grumos...

Conclusão: correu muito mal, mas não fiquei nada frustrada e para a próxima tenho a certeza que vão ficar bonitos e deliciosos! (ahahahahahah)

Ah, só para completar a reportagem, este foi o aspecto final:

Nada que se cheire, muito menos que se coma!! Mesmo assim, aqueci um, pus canela e açúcar em pó, ganhei coragem e lá comi... Não estava nenhuma especialidade, mas também não se pode dizer que estivesse... bom!

Claro que, como tinha um lanche no dia seguinte, e para subir o meu ego culinário, fiz o chiffon da praxe, que sai sempre bem e toda a gente gosta, e aproveitei, como me tinha sobrado uma clara e um pacote de natas quase inteiro, fiz chantilly, suspiros e juntei morangos numa espécie de merengue! Destes só tenho as fotografias do antes...


E pronto, foi assim o meu fim-de-semana de maratona culinária... aceito sugestões para próximos desafios (só para dar um período de reflexão antes de voltar a tentar os pastéis de nata...).


P.S.: Para os mais atentos, sim, nalgumas fotografias podem ver-se o Aimar e o Nolito lá atrás!