terça-feira, 29 de setembro de 2009

A estranha em mim (ou talvez não)

Devo admitir que descobri que afinal não sou assim tão independente.

Ao votar à esquerda de mim, ainda que tendo consciência de que era a decisão mais sensata, mais racional e, sem dúvida, a que melhor fazia ao País... o meu coração sangrou um bocadinho. Só um bocadinho.

Bolas.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

E mais uma vez...

...não se falou nem uma única vez (eu pelo menos não ouvi nada) nos votos brancos e nos votos nulos, votos esses dos verdadeiros descontentes, que se empenham em ir votar mas dizem claramente que não estão contentes com nenhum dos partidos!

A abstenção é pura irresponsabilidade (e, talvez, estupidez). Não é um verdadeiro protesto.

domingo, 27 de setembro de 2009

A abstenção...

...volta a ganhar.

40%, mais do que PS.

Posso saber quem é que não votou e porquê?

Não percebo...

...estava tudo tão descontente com o Sócrates, grandes manifestações, grandes contestações...

... etemos uma abstenção de 40%?!

O grande vencedor da noite...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Irrita-me profundamente quando as pessoas que distribuem publicidade na rua pressupoem que TODA A GENTE deve e quer aceitar a publicidade oferecida. À entrada do metro da Avenida, já tive de contornar aborrecida o sujeito porque insistia em impingir-me o papel ao mesmo tempo que dizia "é só publicidade" ou algo do género, como se isso fosse necessariamente "não mau". Também na Avenida, ao pé do Parque Mayer, uma palhaça (não é pejorativo, estava de facto pintada de palhaça) em cima de andas, depois de lhe ter dito que "não, obrigada", não queria a publicidade, perguntou-me "porquê".

AAAH!

Será que devo começar a andar com um daqueles autocolantes de "Publicidade Não Enderaçada Aqui Não" na testa?!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Tirado do baú II

Regras com r’s muitos.

Pés descalços sobre linhas finas nylon brancas
Correr, saltar, subir aquela rua que vai dar à tua casa.
Estender os braços abertos e deixar-me cair para trás esperar a tua respiração a tua mão o teu olhar seguro como mil pares de braços a agarrarem o meu corpo dormente
Um sorriso esboço de sorriso como quem é feliz
Saber que sim ou não comer lavar ler trabalhar e cantar para ti
Como um melro à janela abanar-me ao som do preto da música da guitarra do cravo das crinas de um cavalo que me leva, te leva nos leva por aí

Fazer uma festa em que somos nós os festejados no meio de cores e notas e milhares de rostos alegres que nos querem felicitar.
Dançar uma valsa, bourrée uma dança mal amanhada uns passos toscos, mas dançar contigo sobre mim girar ter uma saia rodada e mostrar a saia a roda da saia a toda a gente girar girar girar

Tirado do baú I

I have this little bird in a cage, he’s blue and white like myself. Didn’t I show you the other day? I thought I did. Zeus is his name. Yes, like the god. Isn’t he a nice little bird? O yes, he is. Cute little bird. Nice little bird. Someday I’ll set him free.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Senhor Comentador tem piada (uma das razões pelas quais está ali ao lado).

Pronto, era só isso.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Devo dizer que os filhos do Sócrates o aconselharam muito bem!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

UM grama

grama2
nome masculino

FÍSICA unidade de massa do sistema CGS (centímetro, grama, segundo), que é a milésima parte da massa do quilograma-padrão e, muito aproximadamente, a massa de um centímetro cúbico de água destilada à temperatura de quatro graus Celsius

(Do gr. grámma, «escrópulo», pelo fr. gramme, «grama»)

(fonte: infopedia)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

E ainda

Os comentadores (na TV, nos jornais, nos blogues) destes debates e em geral dos programas, campanhas e etc. para estas legislativas parecem-me sempre ter uma hidden agenda e quererem sempre levar as pessoas a pensar uma coisa específica e não outra através de truques e artimanhas. Irrita-me. Sei que é perfeitamente natural, mas irrita-me à mesma.

Gostava de ter um robot imparcial que me contasse resumidamente os factos. Sim, eu sei, sou uma preguiçosa mental.

Desabafo (como as cerejas)

Dou por mim a deitar-me às 00h30, olhar para o relógio, e pensar que é cedo.

(e depois admiro-me de estar às 15h desesperadamente in need de um balde de café.)

Desabafo

No meu trabalho, por várias vezes ajudo os meus colegas sem que me tenham pedido nada, porque oiço qualquer coisa de que falam e da qual eu sei mais alguma coisa ou com a qual estou familiarizada e salto prontamente do meu lugar para lhes dar umas dicazinhas. E agradecem.

Contudo, quando eu tenho um problema, bem me posso queixar que só me ajudam se eu pedir ajuda directa e claramente!

Não é justo...

Does humour belong in politics?

Definitely!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Depois de um dia de trabalho, sabe bem

(imagem retirada daqui)

Jerónimo de Sousa - Paulo Portas

Paulo Portas esteve muito bem, muito concreto, muito claro, muito seguro.

Penso que não vale a pena falar de Jerónimo de Sousa. Estive a (começar a) ler o programa do PCP - passadas quase 10 páginas, ainda nem uma única medida concreta e apenas divagações e considerações vagas sobre como o país está mal e como precisamos de romper com a política de direita. Eu nunca fui de alinhar nessas vozes que diziam que os comunistas são pessoas presas ao passado e etc., mas sinceramente, depois de ler isto, tenho de concordar. O programa deste partido é tão fechado, tão não-programa, ainda não acabei de ler, mas parece mais um manifesto com pouco conteúdo que um programa de um partido com ambições a governar. Se calhar é isso: sabem que nunca vão governar, e por isso não precisam de ter medidas.

sábado, 5 de setembro de 2009

TVI

Estranha-me e surpreende-me a leveza com que todos os políticos (de outras personagens públicas já não fao, apesar de terem a sua responsabilidade social) fazem acusações muito graves. No íntimo do ser, podiam ter que Sócrates de facto é o responsável, mas sem qualquer explicação da admnistração da TVI, sem qualquer investigação, têm a responsabilidade de se mostrarem sensatos e não fazerem acusações destas por dá cá esta palha. Esperava um maior bom senso, senão de todos, pelo menos de alguns.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Em família

Quando éramos miúdas (esperem!, ainda somos!) eu e a minha irmã inventávamos coisas. Estávamos sempre a inventar. Fazíamos teatros e circos e obrigávamos as pessoas a assistir (enviávamos convites e tudo) - éramos chatas. Criávamos canções e coreografias sobre jogadores de futebol (incrivelmente boas, a sério!) e canções como prendas de anos. E produzíamos telejornais, e anúncios de publicidade e chuva de estrelas.

Tenho saudades de nós.

Francisco Louçã - Jerónimo de Sousa

Um debate ameno, entre amigos, com clara superioridade de Louçã - tanto na facilidade e à-vontade da comunicação como no conteúdo - com amabilidades de parte a parte (como quando Jerónimo de Sousa fez uma citação e Louçã indicou com um sorriso a proveniência), enfim, morno, como se esperava.

[No princípio Louçã disse, após uma intervenção de Jerónimo de Sousa, "não interrompi, acho bem que os telespectadores oiçam com clareza todas as propostas". Quero vê-lo ter a mesma postura noutros debates...]

De resto, Jerónimo de Sousa com pouco à vontade, pouco conteúdo, com muitos p'tantos (embora concorde com quem disse que é uma fase simpática do PCP). E Louçã, no seu estilo profeta-padre, enrolando os erros e com discuros bem marcado.

Teve piada no final não conseguirem dizer o que é território de quem.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Só umas linhas

Agora a sério, foi um José Sócrates paternalista (ao seu estilo), Paulo Portas irritado (ao seu estilo), estiveram os dois bem em certas coisas e os dois foram apanhados em falso noutras. Não sei quem "ganhou". Mas sei que não vai haver debate mais animado. Outros, pelo contrário, serão autênticos soporíferos (vem-me à cabeça, por exemplo, Manuela Ferreira Leite-Jerónimo de Sousa, mas há mais).

Frases preferidas do debate

"JS: eu acho isso um bocadinho de mais, ó Dr. Paulo Portas, peço licença para dizer que isso ultrapassa aquilo que é a fronteira da demagogia"

"PP: portanto, vá fazer essas críticas que entender aos seus camaradas"

"PP: vá interrogar os seus camaradas, eu uso o meu tempo"

"JS: mas desculpe, mas p'tanto, está arrependido disso?
PP: vá interrogar os seus camaradas
JS: não gostou, não gostou, não gostou que lhe tivesse falado do assunto"

"PP: quer ouvir, quer ouvir? quer ouvir ou não?
JS: oiço...!"

"PP: o senhor está errado em tudo"

"JS: votou a favor, votou a favor"

"JS: votou a favor e depois veio cá p'ra fora"

"JS: votou a favor"

"PP: passou de Dr. Zangado a Dr. Delicado"

"PP: Oiiiça"

"JS: ...e todas têm música" (e por isso é que o Gimba não conseguiu que miúdos de 6 anos cantassem de tão desafinados que eram... miúdos de 6 (SEIS) anos!)

"CCS: isso é um filme de terror"

"PP: ai isso é que é extraordinário"

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A 7ª Arte I

No Domingo fomos ver Inglourious Basterds.

Graficamente, o filme é completamente Tarantino, apesar das cenas se prolongarem para lá do Tarantino normal. Coisa que a mim não me chateou nada, até pelo contrário, acho que adorei toda e qualquer cena deste filme. Os diálogos são muito bons (mas aqui já não posso dizer que tenha adorado tudo), e as personagens, tipicamente "Tarantinas", são fortes e expressivas e não deixam ninguém indiferente.

Enfim, foi um bom final de (mini) férias.