quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Lika somebody?

Nesta conversa, A stands for "random guy parecido com o tipo com ar mais apalermado do Top Gear" e B stands for "Eu". O cenário é uma estação de metro. Eu sento-me ao lado do tal senhor, com uma cadeira de intervalo.

A: Posso fazer uma pergunta? (ou colocar uma questão, não me lembro das palavras precisas)
B: ...Sim...
A: Consegue ler nos transportes públicos?
B: Bem, depende, no metro consigo, no autocarro não.
A: Mas consegue ler a sério? Consegue concentrar-se?
B: Ah, concentrar-me...! Sim, claro, perfeitamente.
A: Eu não consigo. Bem, boa leitura.
B: Obrigada.
(Entretanto senta-se uma mulher entre nós os dois. Depois chega o metro, entramos, e ficamos lado a lado - eu a tentar continuar o livro que estava a ler, eis senão quando...)
A: A questão que eu ponho é a seguinte - para uma pessoa que escreve livros, as pessoas estarem a ler o livro assim no meio da confusão dos transportes públicos...
B (já com um sorriso amarelo): Pois, depende da capacidade de concentração de cada um...
A: É que eu, para ler um livro, preciso de estar num sítio calmo - não interessa se é o campo, a cama,... Mas vocês, jovens, lá sabem....!
B: ...
A: Ou então sou eu que não sei ler.
B: ...
A: Que é muito provável.
B: ...

E depois saí na minha estação.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Quando começas a tratar a morte por tu, e já sabes de cor as lágrimas, apesar de cada sobressalto ser sempre diferente, ainda que o tenhas ensaiado com terror mil e uma vezes na tua mente, as dores com cambiantes tão subtis, mas que existem... Quando começas a tratar a morte por tu, é preciso ter cuidado, porque nem todos tratam a morte por tu, e não podes andar por aí a falar da morte sem pudor, como se fosses tão íntima, como se fosses super-humana, como se já a tivesses conhecido na primeira pessoa, não podes, não é justo. Assustas as pessoas à tua volta, afastas as pessoas à tua volta, tornas-te qualquer coisa estranha, disforme, incómoda.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

3 páginas e meia por dia

É a tarefa a que me proponho.

sábado, 31 de julho de 2010

As mulheres são mais fracas porque choram.

Se calhar somos mesmmo.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Bookclub - Agosto de 2010

Eis as propostas para o mês que se avizinha:

Checkpoint Charlie and the Wall - A Divided People Rebel (Werner Sikorski / Rainer Laabs)

Diário Inédito (Vergílio Ferreira)



A Língua Portuguesa (Fernando Pessoa)

Ambicioso? Falamos dia 31.

Hoje sinto-me Darwiniana

Tenho uma amiga que gostava acima de tudo de ter filhos loiros de olhos azuis (ela é morena, tem olhos e cabelo castanho-escuro).

Tenho uma ex-colega cuja filha aprendeu a ler sozinha - em Português E em Inglês. Tem 5 anos e ainda tem mais um ano até entrar na 1ª classe.

Tenho uma colega que com um filho pequeno em casa e grávida de 8 meses continuava a ficar no trabalho até depois das 21h.

Conheço filhos que não merecem os pais que têm e vice-versa.

Hoje é dia dos Avós. No espaço de um ano perdi 3 Avós.

Quando era mais nova costumava pensar quem no nosso grupo de 4 seria a primeira a fazer qualquer coisa. Eu seria a primeira a casar-me e ter filhos. Enganei-me, claro. Mas ainda posso ser a segunda...

Todo Bajo el Cielo - Review

Depois de um começo morno em que conhecemos a hipocondríaca (superficial) Elvira, pintora espanhola residente em Paris que parte para Shanghai para resolver as dívidas do seu recém-falecido marido, a história começa finalmente a ganhar chama quando ela, a sua sobrinha, um criado chinês, Paddy Tichborne e Lao Jiang partem em busca do mítico túmulo do famoso Imperador Shi Huang Ti.

Até ao começo da viagem, a história não é das mais cativantes. Mas a escrita é simples e sem floreados desnecessários.

Valeu, também, para praticar o espanhol.

Classificação: 3/5

domingo, 11 de julho de 2010

Bookclub - Julho 2010

Depois de ter sido presenteada com isto...


...(já há mais de 2 meses, mas tenho andado cheia de trabalho), achei que devia criar uma espécie de Bookclub. E o livro deste mês tinha de ser este...

...emprestado por uma grande amiga e impulsionadora do outro presente, livro que já estou para ler há algum tempo...

domingo, 16 de maio de 2010

Shutter Island

Por momentos lembrei-me daquela história do Edgar Allan Poe The system of Dr. Tarr and Prof. Feather...

CPE

CHECK!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

E agora um pouco de humor...

http://www.miragens.abola.pt/videosdetalhe.aspx?id=8798

Dar a outra face?

http://www.youtube.com/watch?v=_vh81cQWClI

sexta-feira, 30 de abril de 2010

ii

Os jornais grátis começaram a conter propaganda. Primeiro subrepticiamente, depois subtilmente, mais tarde abertamente, e, por fim, escandalosamente. Mas tudo isto demorou anos e por essa altura já não havia ninguém para se escandalizar. As mentes das pessoas estavam politizadas e prontas para a guerra.

terça-feira, 27 de abril de 2010

domingo, 25 de abril de 2010

Playground?

Museu Berardo, Joana Vasconcelos

D. E. Eldridge

Tentou roubar todo o tempo que pôde. Mesmo assim não foi suficiente. A onda gigante erguia-se ameaçadora acima de todas as pequenas cabeças assustadas. Corações bateram à velocidade da luz, membros ficaram petrificados. A onda abateu-se como chumbo sobre a multidão estupefacta.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

HELLO,

lei da vantagem???

terça-feira, 6 de abril de 2010

Phil, Philly

Plamer Eldrich -------------- D. E. Eldridge?

sexta-feira, 26 de março de 2010

Eu deixei de ser eu para passar a ser apenas um reflexo no espelho. Alguma coisa tinha de acontecer, mas eu não fiquei para ver. Fugi.

Um pouco como com a cena do cabide, aqueles eternos segundos em que o universo é-te exposto em carne viva, e tu percebes tudo, mas esqueces no momento seguinte.

Anamnesia, é preciso.
Agora, depois de ter lido a biografia, percebo que deveria haver um outro narrador, acima de Phil(ip K. Dick) e acima de Horselover Fat, que expusesse a verdadeira revelação: a busca não era por Gloria ou Sherri, mas sim pela pequena Jane.

quarta-feira, 24 de março de 2010

VALIS (Philip K. Dick) fala de insanidade. Aliás, VALIS é completamente insano do princípio ao fim (ainda só li um terço, mas acho que posso assumir isto). E totalmente "citável" em qualquer ponto.

"Fat said, 'That's Yaldaboath. Sometimes called Samael, the blind god. He's deranged (...)
'Who's this "Yaldaboath"? Yahweh created the world! It says so in the Bible!'
Fat said, 'The creator deity imagined that he was the only god; that's why he was jealous and said, "You shall have no other gods before me," to which -'
Maurice shouted, 'Haven't you read the Bible?'"

Só para dar um exemplo...
Hoje, quando saí do Cambridge e me pus a ler o Valis, tive de ler algumas frases várias vezes porque estavam sentados numa mesa ao pé de mim duas raparigas e um rapaz que tentavam falar apenas em rima. Quem me conhece sabe que eu aprovaria prontamente este tipo de diversão... Mas o rapaz era bastante irritante. Ria-se demasiado e rimava pouco, embora tentasse fazer entender que rimava bastante. Uma das raparigas estava claramente à vontade naquilo - via-se que já não era principiante. A outra parecia mais tímida ao princípio, mas depois lá acabou por fazer algumas rimas bastante válidas. É claro que quando começaram apenas a dizer palavras acabadas em ão e paravam entre uma ideia e outra só me apetecia meter-me na conversa e soltar um chorrilho de palavras acertadas.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Time Vaults

Vão achar isto do mais básico, mas a verdade é que aquelas 5 notas no fim de cada, vá lá, frase da canção Cape Cod Kwassa Kwassa dos Vampire Weekend faz-me sempre lembrar esta velha cantilena:

"Os 3 gatinhos
Perderam os chap'linhos
Puseram-se a chorar:
Ó Mãe, Mãezinha,
Os nossos chap'linhos
Não os podemos achar!
Perderam os vossos chap'linhos?!
Ó mas que feios gatinhos!
Então
Não vão
Brincar

Miau Fru Fru
Miau Fru Fru

Os 3 gatinhos
Acharam os chap'linhos
Puseram-se a cantar:
Ó Mãe, Mãezinha,
Os nossos chap'linhos
Já os pudemos achar!
Acharam os vossos chap'linhos?!
Ó mas que lindos gatinhos!
Então
Já vão
Brincar

Miau Fru Fru
Miau Fru Fru"

Got ya

Ontem houve uma trégua no mau tempo.

Mas hoje foi do género: "Ah ah ah ah ah! Pensavam que o bom tempo já aí vinha!"

E de repente vieram-me à mente as palavras da Úrsula na Pequena Sereia da Disney:

"Eu sou a Rainha dos Mares! As ondas obedecem aos meus caprichos!"

(leia-se: "Eu sou á Ráinha dos Márés! Ás ondas obédécem aos meus cáprichos!")

quinta-feira, 4 de março de 2010

Lá está

"At once the realization of the Principle of Sufficient Irritation came to me. Here was the origin of life. Eons ago, in the remote past, a bit of inanimate matter had become so irritated by something that it crawled away, moved by indignation."

Doc Labyrinth, The Short Happy Life of the Brown Oxford, Philip K. Dick

Alice in Underland

Ficou qualquer coisa a faltar... E eu que tinha tanta fé nesta "parceria" Tim Burton-Lewis Carroll...
Pelo menos os Tweedles estavam muito bons.

terça-feira, 2 de março de 2010

:S

Bilhetes Pack Amigo do GAR esgotados em 5 horas...

Podem ver o programa das festas aqui.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Finalmente...

Quarta-feira...!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Zombie

Sim, continuo aqui. Mas não devo ser bem eu. Desde que te foste embora, só sei respirar automaticamente. Crescem-me dores como ervas daninhas. Sinto a minha pulsação em cada uma delas. E choro.

Sim, continuo aqui. Mas por muito tempo? Desde que te foste embora só sei olhar sem ver. Crescem-me humores como cancros incuráveis. Sinto o meu coração a escurecer em cada um deles. E choro imenso.

Sim, continuo aqui. Não deve ser lá por muito tempo... Porque desde que te foste embora não sei fazer nada. Crescem-me nadas no meio do nada. Não sinto nada nos nadas. E apetece-me morrer...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Desabafo

Uma das coisas que me irrita nesta vida é uma pessoa deixar no ar pistas sobre qualquer coisa e depois não querer contar a história toda (e depois é suposto nós termos de respeitar a sua privacidade e a sua vontade e tal e tal)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Whatever works é um bom filme. É divertido. Provoca. Está bem feito. Tem personagens interessantes.

Algumas pessoas parecem não perceber que Woody Allen está sempre a criticar Woody Allen nos seus filmes. E que, de facto, Boris Yelnikoff não é um génio. É uma pessoa normal que gostaria de ser um génio. E que diz, com palavras mais caras, é certo, todos os clichés e mais alguns que censura à "simplória" Melody Saint Anne Celestine.

Não chegámos a um ponto em que é cliché dizer que qualquer coisa é cliché?

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Três letras.

tpa.
As falhas de electricidade tornaram-se cada vez mais frequentes. Primeiro, de dois em dois meses. Depois, mensais. Semanais. E agora diárias.

Claro que se passaram anos até que chegássemos a esta situação. Poucos foram os que se aperceberam. As novas gerações iam aparecendo e as falhas na electricidade tornaram-se tão banais como o pôr-do-sol.

E o que se faz quando não se tem electricidade, quando não se tem luz, televisão, internet,… Dorme-se. E as pessoas começaram a dormir mais e a acordar com mais energia. E a produtividade aumentou. E o país tornou-se mais rico.
"Se a tua mãe fosse lésbica, mudava alguma coisa?"

Hmmm, where shall I start?