terça-feira, 22 de dezembro de 2009

"Escrevo por lapsos de cansaço" (Álvaro de Campos, Lisbon Revisited)

(mas nem isso)

domingo, 13 de dezembro de 2009

25, mas parecem 40. Alguma coisa não está certa quando és diferente por não tomares anti-depressivos.

Scary.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

"...fadiga não só física mas também central."

sábado, 5 de dezembro de 2009

My family makes me happy, my friends make me happy, I have a great job, I think... (...) I'm happy!

(...)

What do you do?

I sell water

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

De onde vem o cansaço? De dentro ou de fora? Cedemos à pressão do exterior? Alguma coisa cá dentro deixa de funcionar? Stress? Envelhecimento?

Estereótipos

Somos mal-encarados? Somos afáveis e hospitaleiros? Não temos jeitinho nenhum para servir o cliente? Somos reservados? Somos malcriados? Somos desagradáveis?

domingo, 15 de novembro de 2009

e agora vão pensar num sítio onde são felizes...

quando eu era pequenino, quando eu era pequenino

...pode ser um sítio físico ou não...

acabado de nascer, acabado de nascer

...aproveitem a boa energia desse sítio...

ainda mal abria os olhos, ainda mal abria os olhos

...
e agora regressem, e tragam essa energia convosco.

já eram para te ver, já eram para te ver

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Bicho

AHAHAHAH...

...QUE INGÉNUA.

Escrevi isto há mais de um ano. Contudo, ele continua lá.

Grandes cunhas.

Boa notícia

Já não sou a pessoa mais velha da minha turma do Cambridge.

Yey.
Quando era jovem e tinha tempo,

e cabeça,

esse era o meu país.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

sábado, 10 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Leave the premises

Ontem tive a minha primeira aula no Cambridge. E, believe me or not, apesar de ser o último nível, eu e o meu cabelo branco somos os mais velhos da turma! E só eu e outra rapariga é que trabalhamos. O resto está tudo ou na universidade ou.. meu Deus!, no 12º! Can you be any younger?

Nunca me senti tão velha.

Ainda por cima uma das raparigas teve o desplante de me dizer que já tinha reparado que eu devia ser mais velha...! Ugh!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009


Gostei a sério. (melhor que o primeiro)
As férias começaram... tarde. Posso ter perdido um óptimo dia de praia, posso ter perdido o tempo que devia ter empregue a arrumar a casa (que bem precisa...)... Mas a família vale sempre a pena.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A estranha em mim (ou talvez não)

Devo admitir que descobri que afinal não sou assim tão independente.

Ao votar à esquerda de mim, ainda que tendo consciência de que era a decisão mais sensata, mais racional e, sem dúvida, a que melhor fazia ao País... o meu coração sangrou um bocadinho. Só um bocadinho.

Bolas.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

E mais uma vez...

...não se falou nem uma única vez (eu pelo menos não ouvi nada) nos votos brancos e nos votos nulos, votos esses dos verdadeiros descontentes, que se empenham em ir votar mas dizem claramente que não estão contentes com nenhum dos partidos!

A abstenção é pura irresponsabilidade (e, talvez, estupidez). Não é um verdadeiro protesto.

domingo, 27 de setembro de 2009

A abstenção...

...volta a ganhar.

40%, mais do que PS.

Posso saber quem é que não votou e porquê?

Não percebo...

...estava tudo tão descontente com o Sócrates, grandes manifestações, grandes contestações...

... etemos uma abstenção de 40%?!

O grande vencedor da noite...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Irrita-me profundamente quando as pessoas que distribuem publicidade na rua pressupoem que TODA A GENTE deve e quer aceitar a publicidade oferecida. À entrada do metro da Avenida, já tive de contornar aborrecida o sujeito porque insistia em impingir-me o papel ao mesmo tempo que dizia "é só publicidade" ou algo do género, como se isso fosse necessariamente "não mau". Também na Avenida, ao pé do Parque Mayer, uma palhaça (não é pejorativo, estava de facto pintada de palhaça) em cima de andas, depois de lhe ter dito que "não, obrigada", não queria a publicidade, perguntou-me "porquê".

AAAH!

Será que devo começar a andar com um daqueles autocolantes de "Publicidade Não Enderaçada Aqui Não" na testa?!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Tirado do baú II

Regras com r’s muitos.

Pés descalços sobre linhas finas nylon brancas
Correr, saltar, subir aquela rua que vai dar à tua casa.
Estender os braços abertos e deixar-me cair para trás esperar a tua respiração a tua mão o teu olhar seguro como mil pares de braços a agarrarem o meu corpo dormente
Um sorriso esboço de sorriso como quem é feliz
Saber que sim ou não comer lavar ler trabalhar e cantar para ti
Como um melro à janela abanar-me ao som do preto da música da guitarra do cravo das crinas de um cavalo que me leva, te leva nos leva por aí

Fazer uma festa em que somos nós os festejados no meio de cores e notas e milhares de rostos alegres que nos querem felicitar.
Dançar uma valsa, bourrée uma dança mal amanhada uns passos toscos, mas dançar contigo sobre mim girar ter uma saia rodada e mostrar a saia a roda da saia a toda a gente girar girar girar

Tirado do baú I

I have this little bird in a cage, he’s blue and white like myself. Didn’t I show you the other day? I thought I did. Zeus is his name. Yes, like the god. Isn’t he a nice little bird? O yes, he is. Cute little bird. Nice little bird. Someday I’ll set him free.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O Senhor Comentador tem piada (uma das razões pelas quais está ali ao lado).

Pronto, era só isso.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Devo dizer que os filhos do Sócrates o aconselharam muito bem!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

UM grama

grama2
nome masculino

FÍSICA unidade de massa do sistema CGS (centímetro, grama, segundo), que é a milésima parte da massa do quilograma-padrão e, muito aproximadamente, a massa de um centímetro cúbico de água destilada à temperatura de quatro graus Celsius

(Do gr. grámma, «escrópulo», pelo fr. gramme, «grama»)

(fonte: infopedia)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

E ainda

Os comentadores (na TV, nos jornais, nos blogues) destes debates e em geral dos programas, campanhas e etc. para estas legislativas parecem-me sempre ter uma hidden agenda e quererem sempre levar as pessoas a pensar uma coisa específica e não outra através de truques e artimanhas. Irrita-me. Sei que é perfeitamente natural, mas irrita-me à mesma.

Gostava de ter um robot imparcial que me contasse resumidamente os factos. Sim, eu sei, sou uma preguiçosa mental.

Desabafo (como as cerejas)

Dou por mim a deitar-me às 00h30, olhar para o relógio, e pensar que é cedo.

(e depois admiro-me de estar às 15h desesperadamente in need de um balde de café.)

Desabafo

No meu trabalho, por várias vezes ajudo os meus colegas sem que me tenham pedido nada, porque oiço qualquer coisa de que falam e da qual eu sei mais alguma coisa ou com a qual estou familiarizada e salto prontamente do meu lugar para lhes dar umas dicazinhas. E agradecem.

Contudo, quando eu tenho um problema, bem me posso queixar que só me ajudam se eu pedir ajuda directa e claramente!

Não é justo...

Does humour belong in politics?

Definitely!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Depois de um dia de trabalho, sabe bem

(imagem retirada daqui)

Jerónimo de Sousa - Paulo Portas

Paulo Portas esteve muito bem, muito concreto, muito claro, muito seguro.

Penso que não vale a pena falar de Jerónimo de Sousa. Estive a (começar a) ler o programa do PCP - passadas quase 10 páginas, ainda nem uma única medida concreta e apenas divagações e considerações vagas sobre como o país está mal e como precisamos de romper com a política de direita. Eu nunca fui de alinhar nessas vozes que diziam que os comunistas são pessoas presas ao passado e etc., mas sinceramente, depois de ler isto, tenho de concordar. O programa deste partido é tão fechado, tão não-programa, ainda não acabei de ler, mas parece mais um manifesto com pouco conteúdo que um programa de um partido com ambições a governar. Se calhar é isso: sabem que nunca vão governar, e por isso não precisam de ter medidas.

sábado, 5 de setembro de 2009

TVI

Estranha-me e surpreende-me a leveza com que todos os políticos (de outras personagens públicas já não fao, apesar de terem a sua responsabilidade social) fazem acusações muito graves. No íntimo do ser, podiam ter que Sócrates de facto é o responsável, mas sem qualquer explicação da admnistração da TVI, sem qualquer investigação, têm a responsabilidade de se mostrarem sensatos e não fazerem acusações destas por dá cá esta palha. Esperava um maior bom senso, senão de todos, pelo menos de alguns.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Em família

Quando éramos miúdas (esperem!, ainda somos!) eu e a minha irmã inventávamos coisas. Estávamos sempre a inventar. Fazíamos teatros e circos e obrigávamos as pessoas a assistir (enviávamos convites e tudo) - éramos chatas. Criávamos canções e coreografias sobre jogadores de futebol (incrivelmente boas, a sério!) e canções como prendas de anos. E produzíamos telejornais, e anúncios de publicidade e chuva de estrelas.

Tenho saudades de nós.

Francisco Louçã - Jerónimo de Sousa

Um debate ameno, entre amigos, com clara superioridade de Louçã - tanto na facilidade e à-vontade da comunicação como no conteúdo - com amabilidades de parte a parte (como quando Jerónimo de Sousa fez uma citação e Louçã indicou com um sorriso a proveniência), enfim, morno, como se esperava.

[No princípio Louçã disse, após uma intervenção de Jerónimo de Sousa, "não interrompi, acho bem que os telespectadores oiçam com clareza todas as propostas". Quero vê-lo ter a mesma postura noutros debates...]

De resto, Jerónimo de Sousa com pouco à vontade, pouco conteúdo, com muitos p'tantos (embora concorde com quem disse que é uma fase simpática do PCP). E Louçã, no seu estilo profeta-padre, enrolando os erros e com discuros bem marcado.

Teve piada no final não conseguirem dizer o que é território de quem.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Só umas linhas

Agora a sério, foi um José Sócrates paternalista (ao seu estilo), Paulo Portas irritado (ao seu estilo), estiveram os dois bem em certas coisas e os dois foram apanhados em falso noutras. Não sei quem "ganhou". Mas sei que não vai haver debate mais animado. Outros, pelo contrário, serão autênticos soporíferos (vem-me à cabeça, por exemplo, Manuela Ferreira Leite-Jerónimo de Sousa, mas há mais).

Frases preferidas do debate

"JS: eu acho isso um bocadinho de mais, ó Dr. Paulo Portas, peço licença para dizer que isso ultrapassa aquilo que é a fronteira da demagogia"

"PP: portanto, vá fazer essas críticas que entender aos seus camaradas"

"PP: vá interrogar os seus camaradas, eu uso o meu tempo"

"JS: mas desculpe, mas p'tanto, está arrependido disso?
PP: vá interrogar os seus camaradas
JS: não gostou, não gostou, não gostou que lhe tivesse falado do assunto"

"PP: quer ouvir, quer ouvir? quer ouvir ou não?
JS: oiço...!"

"PP: o senhor está errado em tudo"

"JS: votou a favor, votou a favor"

"JS: votou a favor e depois veio cá p'ra fora"

"JS: votou a favor"

"PP: passou de Dr. Zangado a Dr. Delicado"

"PP: Oiiiça"

"JS: ...e todas têm música" (e por isso é que o Gimba não conseguiu que miúdos de 6 anos cantassem de tão desafinados que eram... miúdos de 6 (SEIS) anos!)

"CCS: isso é um filme de terror"

"PP: ai isso é que é extraordinário"

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A 7ª Arte I

No Domingo fomos ver Inglourious Basterds.

Graficamente, o filme é completamente Tarantino, apesar das cenas se prolongarem para lá do Tarantino normal. Coisa que a mim não me chateou nada, até pelo contrário, acho que adorei toda e qualquer cena deste filme. Os diálogos são muito bons (mas aqui já não posso dizer que tenha adorado tudo), e as personagens, tipicamente "Tarantinas", são fortes e expressivas e não deixam ninguém indiferente.

Enfim, foi um bom final de (mini) férias.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Programa das Festas

02 Setembro: José Sócrates - Paulo Portas (TVI)
03 Setembro: Francisco Louçã - Jerónimo de Sousa (SIC)
05 Setembro: José Sócrates - Jerónimo de Sousa (RTP)
06 Setembro: Francisco Louçã - Ferreira Leite (TVI)
07 Setembro: Paulo Portas - Jerónimo de Sousa (SIC)
08 Setembro: José Sócrates - Francisco Louçã (RTP)
09 Setembro: Ferreira Leite - Jerónimo de Sousa (TVI)
10 Setembro: Paulo Portas - Ferreira Leite (RTP)
11 Setembro: Paulo Portas - Francisco Louçã (RTP)
12 Setembro: José Sócrates - Manuela Ferreira Leite (SIC)

Retirado daqui (sei que é de há dois dias, mas estive na praia, como puderam ver pelo post anterior :D).

Devo dizer que estou ansiosa.

Só não percebo é porque é que apenas a mulher é referida pelo apelido (excepto no último debate). Pensei que fosse uma coisa mais de homens isto de se tratarem pelos apelidos...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Plage!

:)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

I have a sense of humour...

...e, por isso, achei piada ao episódio da bandeira.

Não sendo monárquica, para mim teria ainda mais piada se fosse hasteada, por exemplo, a bandeira do Pateta (Disney), como sugeriu no outro dia o Pedro.

Agora, isto... Por favor, não sabem ser originais e criativos? É que o povo português pode ter sentido de humor, mas a mesma anedota à segunda já não tem metade da piada.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Incoerência

Não percebo porque é que as pessoas que dizem haviam (como em: "ontem à noite haviam muitos tipos embriagados"), não dizem também hão (como em: "Aqui hão muitos tipos embriagados").

É o que se chama ser inconsistente nos erros.
Hoje, à minha frente, descia uma mulher as escadas para o metro enquanto fumava o último bocado de cigarro. Depois, deitou-o ao chão e pisou-o.

Ainda agora sinto vergonha de não ter tido coragem de dizer qualquer coisa.

A aprendizagem é um processo contínuo

Hoje fiquei a saber que uma mulher republicana é uma mulher de peito farto. Era eu a única ignorante?

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Bookworm 3

Stieg Larsson, Os Homens que Odeiam as Mulheres
Carlos Ruiz Zafón, La Sombra del Viento

Nada como o metro para nos devolver ao nosso eu leitor!

Parte II?

Amigos, vou dar 10 VALORES à Gimbexperiência. Pois é, acabou ontem, com jantarada no Royale e copos pagos pelo Luís nas Catacumbas (ainda que não tenhamos visto Nobody's business).

Sinto-me muito mais confiante para escrever letras agora. Confiante e consciente. Confiante, consciente e crítica.

Our chief weapon is fear. Fear and surprise. Our two weapons are fear and surprise. And ruthless efficiency. Our three weapons... (excerto do sketch Nobody Expects the Spanish Inquisition, Monty Python)

E assim vos deixo... por agora!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Banana

A Gimbexperiência está a ser muito boa. Começo a ter consciência de todas as implicações de escrever uma palavra em vez de outra, da maneira como a letra e a música se acompanham, do que as pessoas ouvem e percebem e gostam. É pena ser tão curta.

sábado, 1 de agosto de 2009

Desabafo

tiGela

HAVIA

Fizeste

Hás-de

pu-lo

Uff.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

()

A diferença brutal entre estar vivo e estar morto. E percebemos, então, como numa epifania tardia, o verdadeiro significado daquelas palavras: "ser ou não ser, eis a questão". É possível que sejamos apenas pó? Onde está, naquelas linhas rígidas, o génio, a vida que foi um dia? É possível que tenha sido apenas um truque de ilusionismo? Se eu escrevo agora, é possível que sejam apenas impulsos nervosos, sangue que, bombeado pelo coração, irriga os neurónios activos? É possível que eu seja, e tu sejas, apenas mecânica? Onde está a vida insuflada? Não há expressão na boca descaída. As pálpebras fechadas não dizem nada. O corpo mirra como se a vida fosse qualquer coisa física que se perdeu, como um braço a mais, um bocado de carne.

Somos e depois não somos. Ninguém sabe dizer o momento. Mas a diferença abissal. Somos nós? Como podemos ser nós? Quando deixamos de ser, parece tudo tão surreal. Será que, quando deixamos de ser, alguma vez existimos, alguma vez fomos? Como é possível termos existido se agora não somos?

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Existence is a stage on which we pass

Queria falar-vos da Vida. Mas, de momento, não tenho palavras.
Só sei dizer que é normal uma pessoa sentir-se perdida e ter saudades. Mas queria falar-vos da Vida e não da morte.

Ainda não consigo.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Uma dor no coração

Sentado na poltrona vermelha, espero. Não sei bem que horas são, nem o dia, mas espero. Alguém há-de aparecer. Se me lembro bem, tenho dois filhos e filhos de filhos. Ou não? Que ano é? Onde estão os miúdos? Quantos anos passaram desde que a minha mulher morreu?

Pareceu-me ouvir a porta. Sim, ouvi a porta. Estava tão distraído com os meus pensamentos que quase não a ouvia. Levanto-me devagar, as pernas torpes, já não consigo manter sequer a cabeça direita. Mas ainda caminho. À porta está um amigo de longa data que me pergunta se não quero ir tomar um café. Tenho passado demasiado tempo em casa e por isso aceito.

Não me lembro bem como desci até à rua, mas encontrei-me à porta do edifício, de mãos nos bolsos (fui eu que me vesti?), chapéu na cabeça, o meu amigo a meu lado. Recordamos com saudade outros tempos. Pergunta-me pela minha mulher, e uma breve sombra enevoa-me o pensamento, mas depois, não é nada, e respondo que está bem, obrigado. E os miúdos, e eu, uns reguilas.

Não sei como voltei à espera de poltrona vermelha. Onde está o meu amigo? Perguntam-me se quero jantar, mas como posso jantar sem a minha mulher? Espero por ela.

Lá fora, o sol esconde-se devagar por trás dos prédios. O meu filho disse que me vinha visitar hoje. Ou isso foi ontem? Que dia é hoje?

À vezes os meus netos visitam-me. É bom sentir o optimismo da juventude à minha volta. Gosto que se sentem ao meu lado e que falem comigo. Gosto que me segurem a mão. Gosto do seu interesse nas minhas histórias. Não gosto quando se vão embora. Às vezes falam-me de pessoas de quem não me lembro, mas não posso dizer-lhes isso, ou julgam que já não estou bom da cabeça.


Olho para as horas. Mas já não consigo distinguir bem os números. Que horas serão? Já não há luz lá fora. E a minha mulher, que nunca mais chega. Há quanto tempo morreu?

terça-feira, 21 de julho de 2009

A propósito de nada

Hoje, quando ouvi umas bocas trocadas entre duas empregadas brasileiras de um certo café e um casal também brasileiro sobre se eram corintianos ou palmeirenses (espero estar a escrever os termos correctos) senti-me uma estranha no meu próprio país.

domingo, 19 de julho de 2009

Desculpem se parece conversa fiada

Existe um mundo, que me estava talvez destinado, que é um mundo repleto de miúdos e miúdas que cantam o fado e tocam viola e andam a cavalo. Cheiram bem e têm sorrisos brancos e sonham com famílias estáveis com o homem a vestir as calças, a mulher submissa, os filhos imensos e loiros, com nomes como Salvador, João Maria, Benedita e Leonor. As pessoas cumprimentam-se com um beijo e distribuem sorrisos convencionais por todas, mas também olhares de desdém e reprovação quando são necessários.

Mas eu, eu sinto-me deslocada nesse mundo, sou um espírito livre, não sei ser bem, nem sei quais são os truques das conversas de circunstância.

Dou dois beijos (porque é um que eu dou e outro que a outra pessoa dá) e não sonho com quintas e cavalos (mas sim com alguns filhos, quaisquer sejam os seus nomes, formas e feitios), digo prenda ou vermelho quando calha. Sei que por isso algumas pessoas me vêem com um olhar de condescendência, como se isso me fizesse ser inferior, mas sinceramente não quero saber - posso ter querido saber quando era mais nova e queria sentir-me inserida, mas vamos conhecendo tanta gente ao longo da vida, e começamos a perceber o que é realmente importante.

Para além disso, gosto de fazer amigos em qualquer lado e dizer ciao se me apetecer. Já tenho os meus próprios sonhos para perseguir, não posso preocupar-me com os sonhos que outros um dia tiveram para mim.

Bookworm 2

Nas últimas duas semanas li:

Brave New World, de Aldous Huxley. Bastante diferente do que imaginava, na minha cabeça seria uma história parecida com a de 1985, mas desenganem-se, não tem nada a ver. Bem, talvez tenha qualquer coisa a ver, mind control, repressão, mas Brave New World é bastante mais infantil ou superficial ou fantasioso na abordagem a esses temas. De qualquer das formas, gostei. Mas bastante menos do que pensava que ia gostar.

Marina, de Carlos Ruiz Zafón. Mais um policial com coisas sobrenaturais pelo meio. Um livro entertaining, como já o tinha sido O Jogo do Anjo, mas pouco mais que isso.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Estado da Nação?

"Eu não posso votar nesta gente", António Barreto, ainda agora na SIC Notícias.

É a tradução do que eu sinto (e provavelmente todos os outros eleitores).

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Voltei

Depois de várias horas à espera do voo em Heathrow (mais uma vez, um voo para Lisboa adiado...), finalmente estou em casa.

Comentários sobre a viagem aqui.

sábado, 30 de maio de 2009

Se escrevesse um livro, acabava-o assim.

The squeaking noise continued, as the rat ran through the kitchen floor.

Hall

Quando era pequena, havia sítios especiais.

Brincava com a filha da dona do mini-mercado do nosso prédio.

Dormia com o cabelo molhado numa trança para no dia seguinte acordar com o cabelo frisado.

Lembro-me de letras difusas de um poema que tínhamos de decorar. Era pequeno, e falava sobre meninos no recreio.

(certa vez, fui um menino de calções sujos e joelhos esfolados. As mãos pegajosas de sugus babados)

Como não vêem...?

Bocejei.

De repente, os campos verdes de outro dia. com cheiro a margaridas. A minha Mãe, branca e loira, também cheirava bem.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Bookworm 1

E o livro que estou a ler agora é O Jogo do Anjo, do Carlos Ruiz Zafón.
A Catarina e a Ana Raquel deram-mo nos anos (há 5 meses), mas só o comecei a ler há umas semanas porque estive a ler antes A Viagem do Elefante (Saramago), After Dark (Murakami) e Obama em Guantánamo (Nuno Rogeiro), que ainda estou a ler.

E estou agradavelmente impressionada. Pensei que fosse mais uma frustração (eu e os escritores de língua espanhola temos uma relação frágil...), mas estou realmente a gostar do livro. A ideia é interessante e a escrita não é pirosa nem aborrecida. A sério.

Coisas

Hoje, ao sair da estação de metro, passei por um homem com um livro na mão a subir as escadas rolantes e pensei, era engraçado se fosse o livro que estou a ler. Estava ainda a entreter estes pensamentos, e à espera que o homem me passasse à frente para ver se era o mesmo livro ,quando vejo à minha frente, a 2 metros de mim, uma rapariga a caminhar com o livro que eu própria levava nos braços.

Foi estranho e engraçado.

?

1 - Ela está grávida, não está?
2 - Sim.
1 - Mas foi assim de repente, não foi?

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Uma pergunta

Já alguém comprou sapatos pela internet?
É que dado o meu desespero actual, estou a pensar seriamente no assunto...

domingo, 10 de maio de 2009

O discurso mais bonito deste universo...

...começou assim:

"Hoje é o dia mais feliz da minha vida."

(juro que estive prestes a chorar!)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Dinner Time


Os amigos do liceu, os amigos da universidade, os amigos do trabalho.

Obviamente as conversas são diferentes. Mas será que ficamos presos às conversas que tínhamos naquela altura (com ligeiras modificações)? Será que quando reencontramos os amigos do liceu temos outra vez 15 anos e com os amigos da universidade 20?


quinta-feira, 7 de maio de 2009

A estranha em mim

Hoje descobri que tenho o reflexo de dar um saltinho (gato, acho que lhe chamavam na ginástica, com os joelhos para cima, uma perna de cada vez) para a frente sempre que tropeço.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Chamem-me Caterina

A partir de agora entro em reclusão para estudo. O DELE é já dia 15.

Revolta

No outro dia, o meu irmão foi atacado em plena luz do dia num sítio onde passa (e estava) muita gente, por um grupo de 4 ou 5 miúdos. Tudo aconteceu porque estes estavam a meter-se com um amigo do meu irmão e ele foi lá defendê-lo. O amigo (?) pisgou-se (e nem sequer foi pedir ajuda) e o meu irmão ficou lá a apanhar dos tipos, que lhe fizeram coisas com requintes de malvadez, que não vale a pena citar. As pessoas à volta assistiram impávidas e serenas.

O que vale é que tudo foi filmado, e pode ser que até apanhem as bestas (obviamente o meu irmão fez queixa à polícia).

Sendo um miúdo relativamente novo, fiquei preocupada, com medo que ele estivesse traumatizado com a experiência. Mas parece que não, felizmente (para além disso, fisicamente quase não tem mazelas). Agora lá no liceu vêem-no como um herói. Tanto melhor.

Mas eu pergunto: porque é que temos de viver neste constante terror por causa destas pessoas (todos os anormais que atacam pessoas só porque lhes apetece, sobretudo com estes pormenores de sadismo)? Se toda a gente se chegasse à frente para ajudar o meu irmão, muito provavelmente os tipos fugiam assustados e nunca teriam a oportunidade de lhe fazer mal. O problema é que ninguém o faz, porque todos têm medo de se envolver, de "apanhar por tabela". Eu compreendo esse sentimento. Mas porque é que temos de ser nós, pessoas de bem, a ter medo? Vamos revoltar-nos contra isto!

Se alguma vez virem alguém a ser atacado, liguem para a polícia ou chamem mesmo um polícia se o conseguirem encontrar perto do sítio onde estão. Se o caso não parecer demasiado feio, convidem mesmo as pessoas à volta a juntarem-se a vocês e imporem-se contra os malfeitores. Eu tenho de acreditar que juntos podemos virar esta situação de violência e constante terror em que vivemos na sociedade de hoje. Não podemos ficar conformados com este tipo de situações. Já há muito tempo que vinha dizendo isto aos meus colegas aqui no trabalho e aos meus amigos e agora, depois desta situação próxima, claro, sinto-me ainda mais revoltada.

Se estiverem a ser atacados: se houver alguém ao pé, gritem, esperneiem, etc. - muitas vezes os tipos assustam-se só com isso e vão-se embora; se não houver ninguém para vos ouvir, tentem encontrar alguma distracção que os possa fazer olhar para outro sítio para que vocês consigam fugir. E, por favor, façam queixa. Se todos fizerem queixa, alguém vai ter de prestar atenção.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

terça-feira, 28 de abril de 2009

Diário de uma despedida de solteira

SÁBADO

09h36 - Cheguei à estação de Entrecampos, o ponto de encontro de 10 das meninas (seríamos 14 ao todo). Já lá estavam a Filipa (noiva), a Ana Luísa e a Susana, e a Diana tinha acabado de chegar.

10h00 (mais coisa menos coisa) - Chegaram por fim as retardatárias e partimos rumo ao Alentejo. Eu fui no carro da Rita, com a Inês, a Vanessa e a Diana, que foram uma óptima companhia.

12h30 - Chegámos finalmente à Quinta do Chocalhinho, ao pé de Odemira. O lugar era bonito e agradável, típica casa alentejana, baixa e branquinha, com sobreiros à volta e uma piscina apetecível da que não pudemos disfrutar por estar um vento nada simpático.



(é verdade, também estavam lá uns cãezinhos simpáticos e velhotes)

14h00 - Conseguimos encontrar um restaurante aberto em Odemira para almoçar. Comemos migas com porco frito e carne de porco à alentejana (ainda não sabíamos da gripe suína).

15h30 - De volta à Quinta, esperava-nos uma simpática alemã, massagista de profissão, que fez uma sessão para quem tinha mostrado intenção de querer usufruir de massagens (com preços de amigo). Digo-vos, nunca tinha recebido uma massagem de um profissional, e foi bastante bom. Só me intimidou o aparelhozinho que media os movimentos peristálticos (ou melhor, ampliava os roncos do estômago das pessoas! e o meu estômago não é propriamente tímido nesse aspecto...)

17h30 - Prova de vinhos. Eu fiquei-me pelo primeiro (já sei que mais do que um copo é tiro e queda e não me apetecia propriamente dormir naquela altura - apesar de ter havido quem aproveitasse a tarde para tal).



20h00 - Primeira brincadeira de despedida de solteira: a Filipa tinha de adivinhar uma série de "momentos do casamento", através de pistas que lhe íamos dando, para que depois pudesse perguntar o que quisesse sobre esses momentos. Escolhemos coisas inocentes como: ir ao supermercado, fazer a cama, primeiro banho do bebé, jantar com os sogros,... mas demos pistas dúbias como "pode fazer-se a dois ou mais", "envolve água e outros líquidos", etc..


21h45 - Partimos para o jantar em Vila Nova de Milfontes. Apanhámos um bocadinho de chuva, nada de especial. Jantámos na Tasca do Celso, lugar um bocado careiro, mas muito giro e com boa comida. A Filipa teve de usar uma coroa (sem pilinha...), obviamente! E os rapazes de uma mesa noutra sala aperceberam-se que era uma despedida de solteira e enviaram um sacrificado para o striptease. Mas, como a noiva era tímida, quando ele chegou já ela tinha saído porta fora.

DOMINGO

02h05 - Chegámos, depois de muitas voltinhas, de manobras arriscadas e espectaculares em marcha atrás pela parte da Rita (um verdadeiro ás do volante), depois de passagens por GNR's simpáticos mas com pouco poder de explicação e ainda de uma visita à prisão municipal!

02h30 - Distribuímos o kit noiva, que incluía uma série de óleos de massagem, lenços para os chorosos, linha branca, calmantes, lingerie sexy, e muito mais (sim, pau de cabinda).



04h30 - Depois de ficar à conversa com a Filipa (sim, dormi no quarto da noiva!), acabámos por adormecer, exaustas.

09h00 - Tenho a certeza que ouvi um cuco, mas depois de perguntar a todas as outras se também ouviram, fico a pensar que devo estar a ter alucinações.

10h30 - Pequeno-almoço yum yum!

14h00 - Depois de muita conversa à volta da piscina, partimos de volta a Lisboa.

E assim se passou um fim-de-semana bem passado!


segunda-feira, 27 de abril de 2009

Obama em Guantánamo - as promised, mas sem conversas surreais

Mário Crespo apresentou o livro (antes disso houve umas poucas palavras do director da sextante). Alongou-se um bocado, mas falou bem. Falou em Gordon Liddy, MacBeth, Alvin Toffler, nas perguntas intrincadas e inconsequentes da agência Lusa, na entrevista ao PM da RTP, citou o livro que citava Miguel Torga, falou ainda de John dos Passos e de outros. Lembrou uma parte do livro em que um militar de Guantánamo dizia que não podiam deixar que filmassem nada para os prisioneiros não saberem onde estão (eu lembrei-me da sensação horrível que é quando se acorda durante a noite e por segundos não se consegue perceber onde se está). Confessou também, Mário Crespo, que a pergunta que faria a Bush na conferência das Lages (se lhe tivesse sido permitida, mas apenas permitiram uma por país, e calhou à agência Lusa) seria: "O senhor acha que tem Deus do seu lado?" (depois de tanto suspense, estava à espera de outra pergunta, e fiquei um bocado surpreendida, mas depois percebi).

Nuno Rogeiro falou em união à volta da poesia (como dizia Whitman?), que os portugueses também podiam seguir esta máxima, na air sunshine, no peso de pessoas como se fossem bagagem, em Guantánamo como lugar fora da Terra, em javalis e porcos (em sentido figurado), em Miguel de Unamuno, e ainda em Phileas Fogg. Disse ainda que o livro estava dividido em vários livros: o fénomeno Barack Obama; o fenómeno do 11 de Setembro; as promessas de Obama ao povo americano e ao mundo; e, por fim, a visita a Guantánamo.

PS também disse algumas palavras e contou divertido a maneira como ele e um "senhor da CIA" entraram numa espécie de jogo em que um tentava fotografar e o outro fugia. Por fim, PS conseguiu apanhá-lo através de um reflexo.

As palavras que fecharam a apresentação foram: os EUA (e nós!) não podem tratar os seus inimigos como estes os tratam a eles; e ainda, temos de ver o futuro como um lugar melhor e ter confiança em nós mesmos.

Ainda não comecei a ler a sério, só folheei o livro, mas recomendo vivamente!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Lenghty SQL server queries will consume your CPU


Era um bom título para uma canção. Uma canção sobre queries de SQL. É possível que ainda ninguém se tenha lembrado disso.

Assorted Subjects

No outro dia sentei-me numa carruagem no metro e à minha frente estavam dois homens de fato a olhar compenetradíssimos para a sua Nintendo-não-sei-quê (tipo PSP) e a mexer freneticamente os polegares. Não devia censurar, mas fiquei um bocado preocupada e várias vezes levantei os olhos da minha Mellonta Tauta para olhar para os dois com ar intrigado.

Não vou poder ir aos dias da música no CCB, logo este ano que é BACH! AAaargh the pain.
Isto porque vou pela primeira vez a uma despedida de solteira (depois conto tudo - o que se puder contar, claro). E por falar nisso, alguém tem ideias de algum objecto para fazer parte de um kit noiva (alguma coisa engraçada que a noiva vá precisar na lua de mel ou no casamento,...)?? Help, anyone?? Ou ideias de coisas engraçadas para se fazer por lá (vamos todas para uma quinta no Sábado bem cedo e dormimos lá, por isso temos muiiito tempo)?

Entretanto já foi buscar os bilhetes para o GAR! Hooray, está quase! 8 days and counting!

E penso que por agora é tudo.

Over and out.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Giro é o ângulo

Era a casa do Avô e o Avô era o Avô e não era. Tinha a barba por fazer e o roupão castanho, mas vestiu-se para apanhar o mesmo autocarro que nós. Só que saímos numa paragem e ele continuou viagem.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Asô


Hoje fiz uma piscina a altas velocidades. Não sei bem como começou, mas de repente dei por mim a dar aos braços e às pernas furiosamente, tão furiosamente que parecia que não eram meus (os braços e as pernas), tinha os pés dormentes e não conseguia abrandar!




Foi um espectáculo!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Alinhem os vossos chakras

Se calhar vão achar treta (e se calhar já conheciam e já acham), mas alguns dos artigos pareceram-me interessantes e, para além disso, sempre gostei de listas.

Estou a falar disto.

Vendetta

Imaginei um prédio em que os apartamentos se deslocavam harmoniosamente de maneira a que vizinhos de cima passassem a ser vizinhos de baixo, vizinhos de baixo se tornassem vizinhos do lado e vizinhos do lado, vizinhos de cima.

E quando chegasse a vez do nosso vizinho de cima ser nosso vizinho de baixo, AH!, aí é que ele ia ver como elas mordiam!

E tal


Mais uma vez encontrei-me numa estação de metro com plataformas desfasadas. Mas desta vez, estava na plataforma mais antiga. Na Avenida, eram 18:15 do meu lado, 18:16 do outro. O que podia fazer com aquele minuto a mais, qual dádiva do céu? Não tive tempo de descobrir, porque quando chegou o metro, o relógio passou das 18:15 para as 18:17, sem nunca passar pelos 16.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Down the rabbit hole 4

A Alice contou-me, com uma ponta de aflição na voz, que hoje tinha tido um sonho estranho e mau.

Estava prisioneira, não se sabe bem de quem ou do quê, num quarto. Tinha de mostrar-se alegre, ou pelo menos satisfeita com a sua condição. Talvez a atmosfera fosse um bocado a do 1984, do Orwell. Mostravam-lhe um filme futurista e ela relatava-o à Avó. Qualquer coisa assim.

Para além disso, escolhia uns óculos escuros que lhe ficavam mesmo bem.

Mas, Alice, protestei, nunca te pintaram de óculos escuros!

Ela encolheu os ombros.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Hola, yo soy un post.

Hoje é dia de praticar espanhol. Está a chover. Edgar Allan Poe. SPSS irritante (hmmm, penso que isto é uma figura de estilo qualquer...) E ainda: só a Joanita me confirmou que ia. Mes (como diria Evgeni Mouravitch - penso que é ele que diz isso, mas corrijam-me se estiver errada!),... duas pessoas chegam para fazer uma conversa, n'est ce pas?
(Craving Frank Zappa.) Daqui a uns dias vou entrar em estágio para o GOUVEIA ART ROCK. Pois, desta vez não conheço quase nada do que vai aparecer lá, por isso tenho de começar a aplicar-me...

domingo, 12 de abril de 2009

Love me Aunt Jemima*

Am I the ultimate nagger?

Mas mudando de assunto, estes últimos dias foram ssim:

- Despedimo-nos da A. S., a grande aventureira que foi para a Austrália por tempo indeterminado;

- Conheci finalmente bares do Porto - passei à porta do famoso Plano B, entrei na Casa do Livro, nas Galerias Parisienses e no Café au Lait, para acabar no Piolho (que já conhecia... e sinceramente não percebo porquê a grande comoção à volta do sítio... Talvez noutros tempos?);

- Ganhei uma porrada de jogos de matraquilhos (e perdi outros tantos :D);

- Revi paisagens belíssimas em Trás-os-Montes!

Enfim... De volta ao stress...

*Frank Zappa, Electric Aunt Jemima

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A todos os que receiam tirar os sisos (de cima)

É um instante. Anestesia demora uns poucos minutos a actuar (parece que o céu da boca incha e tem-se alguma dificuldade em engolir por uns momentos) e depois o dentista saca do instrumentozinho e com dois movimentos certeiros - tac tac - tira-vos o dente que é uma maravilha! Fantástico!

Contudo, depois é que (supostamente) vêm as dores e a inflamação. Até agora não sinto nada.

Por isso, have no fear! Não custa nada (and I mean it).

(Ah, mas lembrem-se, se têm asma, nada de brufen para vocês (acho que nem mesmo o nimed se pode tomar)... Pois é, ainda não sei que raio hei-de tomar... Enfim, alguma coisa hei-de arranjar.)

domingo, 5 de abril de 2009

I wonder

Será ?
Será ?

I wonder...

I wo-wo-wo-wo-wonder
why
wha-wha-wha-wha-why
she ran away
aaand I wondeer
where she will staaay
My little run away
run-run-run-run run away

Apeteceu-me!

E 2ª vou tirar um siso :S

sábado, 4 de abril de 2009

Euromilhões?

Parece que ainda não é desta que compro casa. Já estou conformada: os preços continuam altíssimos (crise? qual crise?), as casas boas estão todas em zonas duvidosas (dodgy, diria o Richard - tenho a sensação que já escrevi isto num post recente...) ou são estupidamente caras e, afinal de contas, comprar casa é uma coisa que não se pode levar de ânimo leve, apesar de eu ter sempre a sensação de que uma casa é uma coisa completamente provisória (visto que nos curtos anos que por cá ando já vivi em nada mais nada menos que 10 casas).

Para além disso, é preciso imensa paciência, e eu ao fim da segunda casa já estava farta.

Acho que a minha urgência em encontrar uma casa deve-se também ao facto de a casa onde estamos actualmente não ter espaço para nada e por isso andar sempre desarrumada. Mas já que tenho de aceitar que ainda devo ficar largos meses sem arranjar nada melhor, parece que vou é ter de cuidar melhor do que "tenho" actualmente...

domingo, 29 de março de 2009

+1


Aqueles momentos de clarividência em que vês o que é realmente importante na vida e o caminho aparece definido e cristalino a teus pés.

Ou então é da hora.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Isto de quererem apagar as luzes por uma hora

Está muito bem que se preocupem com o Planeta e tal, mas, como diz um colega meu, larguem mas é os carros e andem mais a pé e de bicicleta!
Estou para ver quando milhares de pessoas voltarem a ligar as luzes novamente, em simultâneo, o que vai acontecer...

quinta-feira, 19 de março de 2009

He thought he saw an Elephant/That practised on a fife*

Ontem a Rosario deixou-nos como trabalho de casa escrever uma composição. Os temas à escolha são:


1. Recentemente foi trabalhar para uma nova cidade. Dê-nos as suas impressões sobre a nova cidade, o local de trabalho, as pessoas, etc..
2. Descreva um sonho que tenha tido.
3. Já nem me lembro o que era porque, como sonho imenso e registo alguns dos meus sonhos (seria útil agora o iDream que eu e o M. inventámos) fiquei-me logo pela opção 2.


Por acaso este noite tive um sonho estranho, cheio de pessoas que conheço de sítios diferentes, uma confusão. Vim a escrevê-lo pelo metro no meu caderno dos gatafunhos (tenho outro em que escrevo só coisas mais pensadas e com letra bonita), mas só agora me lembrei (porque me lembrei do cão de um colega meu) que sonhei também com um cão daqueles com ar perigoso e focinho mais achatado, musculado e branco (não me perguntem raças...), pormenor de que não me lembrei quando estava a registar o tal sonho.


Às vezes acontece-me isso. De manhã não me lembro logo dos sonhos, mas a meio do dia, vem-me a memória de um pormenor do sonho, como se fosse uma memória verdadeira, e de repente lembro-me de tudo (ou quase).


E, como a memória é uma coisa tão traiçoeira e manhosa (dodgy, diria o Richard), tenho medo de um dia me lembrar de um sonho como se de facto o tivesse vivido...


*Primeiros versos da canção do Jardineiro em Sylvie and Bruno (Lewis Carroll)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Fulfilment

Hoje, à medida que ia dando braçadas pensadasumas a seguir às outras e tentando manter as pernas a um nível razoável de "afundanço", apercebi-me que o movimento que via do meu lado esquerdo não eram pessoas a nadar na pista ao lado, mas sim as bóias que separam as pistas que passavam por mim a grandes (obviamente não olímpicas) velocidades! Acho que já estou a nadar um bocado mais depressa, finalmente. Mesmo assim, acho que ainda não passei os 600 metros, nos cerca de 25 minutos que lá estou dentro. Talvez sexta.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Agradável


Hoje na piscina, esperava eu que a pessoa que tinha partido se afastasse o suficiente quando, na pista ao lado, chega um homem que ao fim de algumas respirações mais ou menos arfantes solta um valente arroto (daqueles mesmo à homem).


Dizer o que nos vai na alma, sim, concordo com isso tudo, mas não é preciso exagerar...

Abra a sua mente*

Quando li pela primeira vez umas frases na contracapa de um livro dele, não gostei. Achei, talvez... piroso. Sim, acho que é a palavra mais aproximada.

Entretanto, deram-me um livro dele nos anos, que comecei a ler há umas duas semanas (antes estive a ler outro livro que me deram nos anos e ainda tenho outro para ler, também dos anos...!) e continuei a não gostar especialmente do estilo. Mas, tenho de admitir, deixou-me curiosa: que raio afinal se passa com Eri Asai e o que é que Mari sabe sobre isso?!



* Aquela frase que eles passam vezes sem conta no Infinito (acho que é esse o nome)

terça-feira, 10 de março de 2009

Esperanto estas bela kaj utila


O Pedro diz-me que agora que estou num nível superior de espanhol ando a falar pior português. Eu acho que ele talvez tenha razão e tenho medo. O preço que temos a pagar por querer aprender línguas diferentes é falar cada vez pior a nossa própria língua? Espero bem que não. Sempre tive vontade de aprender o máximo de línguas possível, não só por gostar de estudar línguas, mas também para poder comunicar com cada pessoa na sua própria língua. Todos sabemos que as pessoas na sua própria língua são mais elas próprias, estão mais à vontade e por isso dizem-nos mais coisas e sobretudo dizem-nos coisas mais próximas daquilo que querem realmente dizer. E digamos que, aos 24, não estou lá muito adiantada neste meu propósito/desejo. E se só com 3 línguas (e farrapos de outras) já ando a maltratar o Português, ai de mim!

segunda-feira, 9 de março de 2009

VICISSITUDES, disseram em coro.

É estranho fazer conversas a meias entre o "ao vivo" e o blog? Uma pessoa vai-se habituando.

De qualquer das formas, só para o caso de não me habituar, tenho aqueles amigos que não têm blog, nem ligam a blogs, e se calhar nem sabem que tal coisa existe (ok, nesta categoria penso que o mais provável é que não haja nenhum... Penso...! Porque tenho amigos que têm cada uma... Agora que penso nisso, são grandes materiais para posts!)
O que leva as pessoas a confidenciar coisas a pessoas que mal conhecem e que já não vêm há muito tempo?
(Uma mãe de uma amiga minha da primária encontrou-me num dia de chuva e contou-me a sua história recente (por sinal pouco feliz). Depois desculpou-se. Eu até não me importava de ouvir, até queria ouvir, gosto de fazer amigos em qualquer parte.
Mas numa amizade é necessário ambas as partes investirem e as confidências não podem ser de apenas um dos lados, sobretudo num dia negro de chuva e em pleno Largo do Rato. As amizades constroem-se a dois, e com tempo.)
Não posso brincar com as pessoas só porque eu quero fazer amigos. As pessoas não se coleccionam como cromos.

Cérebro afectado

Há quem não goste de Travian.

Eu agora até acho estranho quando vejo que na barra inferior do sql analyzer os segundos aumentam em vez de diminuirem.

Conversas de bancários 1

R: No teu caso estás sozinha, mas por exemplo, no meu caso e do J. se um de nós se suicidasse o outro ficava agarrado.
...
R: Eu sei que pus 100%, sabia que tinha de pôr 100% em algum sítio... Aliás tenho aqui os impressos.
C1: Mas ó R., no limite se eu me suicidasse, a casa não ficava paga. Se eu morrer de facto por outra razão que não suicídio e atentados terroristas e não sei que mais (risos)...
C2: Eu acho que há assim umas restrições
C1: Supondo que era uma situação normal, a casa ficava pagada, ai, paga, no meu caso. Os meus dois anos já passaram...
R: Mas vê lá não fiques com ideias...!
Eu: Pois, no outro dia já andavas aí a dizer a maneira mais eficaz de cortar os pulsos, que era na vertical e não na horizontal como se costuma ver nos filmes...!

Ah, se isto se compara ao trabalho...!

Hoje comecei o dia cedo. Voltei para a piscina, tinham outra vez apenas duas pistas para utilização livre, e eu escolhi a lenta. Mesmo havendo 3 pistas escolheria a lenta. Ainda nadei um bocado bruços, mas rapidamente me virei de costas como um peixe irrequieto. Hoje toquei em mais pessoas do que o normal e apercebi-me que as minhas unhas estão um bocadinho grandes demais (uma coisa inédita numa pianista!!).
Descobri também que, afinal, a grande carecada não apressou o processo de secagem do meu cabelo... Mas pelo menos gasto menos champô e amaciador.
Já na estação da cidade universitária, eu numa plataforma, 09:00 e na outra plataforma 08:59. Ainda pensei em passar para a outra plataforma tropeçando nos carris, para recuperar esse minuto perdido, mas já se ouvia o barulho das carruagens a aproximar-se.

domingo, 8 de março de 2009

Hoje pensava que eu e o Pedro íamos ser os "cotas" num jantar de anos.

Afinal não.

sábado, 7 de março de 2009

Sugar Cane.

C. - Até porque o nome da personagem dela (Marilyn Monroe em some Like it Hot) é Sugar Cane que é o nome de uma música de ...
P. - E Sugar Cane é o nome de uma música de Jeff Beck.
L. - E Sugar Cane entra numa música de ...
Eu - E Sugar Cane... Pronto, não tenho nada para dizer sobre Sugar Cane.

(não me lembro dos grupos que o C. e o L. mencionaram, alguém sabe do que estavam a falar?)

Lalala o céu é bonito*

Hoje não houve gravações no ensaio porque o C. se esqueceu do transformador. O que foi pena, pois acho que estamos a melhorar a olhos vistos (também não era muito difícil melhorar...). As nossas gravações estão engraçadas, cheias de comentários que não sabíamos que estavam a ser gravados e com muitas gargalhadas no final de cada música (ao menos rimo-nos da desgraça...!)

E a seguir ao ensaio houve confraternização (infelizmente sem guitarrista/compositor): jantar no nepalês da Artilharia Um e depois Hot Club. Nunca lá tinha ido. Foi uma noite bem passada. Temos de fazer isto mais vezes.

*frase de Diego Sacco, o homem que é meio koala meio arrumador de carros e usa fio dental vermelho.
A música passou através das pessoas não transparentes e eu era o objectivo.

Também a sombra de um copo nas costas de alguém.

Também mãos sobre cabelos, sobre cabelos, sobre cabelos.

Jazz? Maybe.

sexta-feira, 6 de março de 2009

É boa


No outro dia no 47 apanhei uma conversa entre duas raparigas que iam sentadas nos bancos da frente do lado direito de quem entra:

Uma - Pois, não são lugares reservados
Outra - Foi o que eu lhe disse, o senhor a insistir que eu lhe tinha de dar lugar e eu disse-lhe que estes não eram lugares reservados.

Já não me lembro bem das exactas palavras, mas a mensagem era esta: duas miúdas estúpidas (deviam ter os seus vinte e muitos, trinta e poucos) achavam normal que apenas se desse o lugar a uma pessoa "velhinha" se o lugar em que se sentassem fosse daqueles assinalados como reservados.

E depois admirem-se que as pessoas mais velhas falem mal dos jovens!

quinta-feira, 5 de março de 2009

I am me/me are we *

O R. mostrou-me isto. É fantástico.

* tirado de A Plague Of Lighthouse Keepers, dos Van der Graaf Generator

Se é um homem, não se dê ao trabalho de ler o post que se segue.

A propósito deste cartoon e de outro episódio de que falarei adiante:

No Verão passado (sim, já foi há algum tempo) fui à praia com a T., a P. e a M.. Estávamos nós as 4 de biquini frente ao mar, eu um bocado mais avançada, a ambientar-me à temperatura para depois me poder atirar para as tão ansiadas águas, e a P. diz-me:

- Tens de nos contar o teu segredo!

Como estavam as 3 em confidências, pensei que fosse qualquer coisa do género, nós contámos isto agora conta tu um segredo teu e olhei perdida para ela. Mas logo se esclareceu tudo:

- A Catarina - disse ela para todas - não tem uma ponta de celulite!

E eu, que nunca fui de ligar a essas coisas (em parte porque o meu corpo sempre me deu uma ajudinha, vá lá) acendi-me num sorriso espontâneo e deitei-lhe um olhar cheio de agradecimento, sim, agradecimento será a palavra certa.

E isto tudo porque (e é este o episódio de que falo no início do post), no outro dia, quando fomos ver Vicky Christina Barcelona, durante uma cena em que a Scarlett Johansson corre para a sua bicicleta para ir buscar não sei o quê à mochila quando ela, a Penélope e o Javier estão a fazer um piquenique, preparava-me eu para segredar ao Pedro que a Scarlett Johansson tem celulite (a cena deve ter sido propositada, ou vão dizer que não repararam??) ouvi a rapariga no lugar atrás dizer exactamente o mesmo ao namorado.

E pronto, com esta frase enorme e difícil de ler me despeço.

A minha tentativa de fazer um post sobre "notícias"

Estava a ver a RTPN e reparei que o Manuel Pinho tem a parte branca dos olhos da mesma cor que a pele. Creepy!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Sin embargo le gustó

Hoje, na aula de espanhol, a Rosario deu-nos a conhecer Les Luthiers.

Adorei!

(ver post abaixo, porque não descobri como editá-lo sem que o blogger desse erro...)

Uma excelente descoberta!

Um reencontro.

Quando comecei a aventurar-me pela blogoesfera (há uns 5 anos, talvez) e criei o original Ophelia, Ophelia, dei de caras com um blog (muito famoso, mas eu não o sabia na altura), este. Bem, na altura não estava na sapo, por isso não era bem esse. Não importa. Encontrei-o e, através dele, a mais uma quantidade de blogs "sérios" e "respeitáveis" (e respeitados). Hoje fui à procura deles. E ali estavam! Junto-os (e a outros novos que fui descobrindo) ali ao lado no Gammon and Spinach.

Boas leituras.

My little finger

A Alice, às vezes, tem medo de coisas estúpidas. Digo-lhe que é apenas uma miúda mimada e ela zanga-se. Diz-me que o título que tenho usado para os seus sonhos, En rêvant, é feio e que Down the rabbit hole fica muito melhor. Concordo e imediatamente faço as alterações.

Eu até gosto dela.

Apesar de ser uma miúda mimada.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Hoje na piscina puseram Is There Life on Mars? do David Bowie.
Achei que devia partilhar isto convosco.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Be sure to leave your underpants with someone you can trust*

(versão longa)

Hoje foi o primeiro dia de muitos (ou assim espero). Com certeza aqueles homens musculados de costas largas devem pensar "Coitada...". Mas, como disse e bem a RR, só nós sabemos o nome uma da outra (bem, aquele professor que nos fez o teste no outro dia também sabe...).

O saldo do primeiro dia é positivo, apesar de ter ficado na piscina uns míseros 20 minutos (sendo que se falarmos de minutos úteis foram apenas 15). Mas há que começar devagar, claro. Descobri que os meus pulmões andam bastante atrofiados... daí que a maior parte das piscinas tenham sido de costas (à conta disso ando com nódoas negras nas mãos de quando chego ao final da piscina), tenho de ver se altero isso.

Mas a sensação do depois compensa qualquer coisa. Andei o dia todo super relaxada!

* excerto de Lick Your Fingers clean dos Jethro Tull

Be sure to leave your underpants with someone you can trust*

(versão curta)

A RR levou-me para a natação. O meu corpo agradece :)

* excerto de Lick Your Fingers clean dos Jethro Tull

Bitaites

O problema de porem certas pessoas a comentar assuntos que apenas dominam superficialmente, é que, depois, dizem coisas estúpidas e erradas como uma segurança e determinação tal que convencem quem não domine o assunto de que estão a dizer uma coisa muito acertada e de que são grandes conhecedores na matéria.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Down the rabbit hole 3

Sonhei que ensinava espanhol a uma turma muito heterogénea. Estava lá a J..

Na primeira parte fizemos as apresentações. No intervalo ia-me embora, eles estavam a falar muito alto e eu acabei por nem dizer que íamos fazer o intervalo e que era cerca de 10/15 minutos.
Fui para a rua e estava a chover ou tinha chovido há pouco tempo. Entretanto soube mais tarde que, como eles estavam a fazer muito barulho tinha ido lá um professor substituto (o Herman José) até chegar mesmo a hora do intervalo.
Depois encontrei dois deles no caminho de regresso e disse que começávamos daí ia x minutos.
Quando recomeçámos havia caras novas. Pedi que o resto se apresentasse mas de outra forma, uns faziam perguntas e os outros respondiam para irem praticando.

Mas havia qualquer coisa estranha e má por trás, só não me consigo lembrar o quê.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

À procura de uma casa-de-banho no Colombo

É melhor começarem quando ainda não estão aflitinhos!

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Woman, I can hardly express*

Vivo rodeada de role-models femininos, mulheres fortes e determinadas, que fazem mil e uma coisas e ainda têm tempo para a família, para os pais e para os filhos e para os amigos; mulheres que viajam sozinhas para África e entregam directamente às crianças que precisam cadernos, canetas e sorrisos; mulheres que chegam a casa às oito ou nove da noite cansadas de um dia de 12 horas e ainda têm tempo para se sentar com os filhos e ajudá-los nos trabalhos de casa; mulheres que com 86 anos ainda dão aulas de piano, mulheres que com 81 ainda dão consultas e aulas de saúde e vão nadar e aprendem coisas novas como alemão, olisipografia ou literatura; mulheres que, enfim, lutam pelo que querem, que caem mas tornam a levantar-se, que cuidam de si mesmas e são amigas dos seus amigos.

Gostava de ser um bocadinho mais como elas.

*1º verso da música Woman, John Lennon.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Life's a Long Song*

O que mais me admira em nós, é essa enorme capacidade para mudar. Mesmo que gastos, marcados, velhos, cansados, há sempre uma nesga de porta aberta para mudar. Sim, não devemos perder demasiado tempo, não devemos abusar da sorte, mas a verdade é que podemos sempre mudar. Sempre.

Porque é uma coisa que vem de dentro e vai para fora e nunca o contrário.

*música de Jethro Tull

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A day in the life

Hoje um mail com o meu nome explicitamente referido, bem como com uma série de mails que enviei, foi enviado para o meu big big big big big boss (sim, esse cujo nome todos vocês reconheceriam). :D

Noutro tom, uma amiga minha (e ex-colega) sugeriu-me a criação de um blog sobre risco (de crédito, sobretudo, mas penso que outros riscos, comercial de mercado, também serão abordados). Estou aberta à participação de quem queira dar o seu contributo por isso, não se acanhem!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Obrigações

Andam a fazer obras algures num piso acima do nosso, lá no trabalho. Hoje, às 18h07, lá começaram eles. Desta vez, deviam estar para lá a abrir buracos ou a fazer furos, eram um Vrrrr sem fim. Veio-me à cabeça a imagem de uma varinha mágica. Sabem aquele barulho, quando passamos alguma coisa com a varinha mágica, passas um bocado, páras, passas outro bocado, Vrrrrrrrrr Vrr. Vrrrrrrrrrrrrrrr Vrrr. Vrr. Vrrrrrrrrrrrrrrrr

E nada disto foi bom para aquela dor irritante do lado direito da cabeça que veio e foi hoje o dia inteiro.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

GAR 2009 - EU VOU

http://www.gaudela.net/gar/index-p.html

Okay, não é o melhor espectáculo de sempre em Gouveia. Mas finalmente vão italianos! E ainda há a esperança da cabeça de cartaz do segundo dia ser uma agradável surpresa...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Down the rabbit hole 2

Hoje sonhei que a minha irmã tinha voltado. Estávamos no quarto dos meus irmãos e conversávamos e ela fazia coisas de que não me recordo e eu olhava. E só passados uns segundos me apercebi que era ela, que tinha regressado e eu nem lhe tinha dado as boas-vindas como deve ser. Então, peguei nela com cuidado e ela tornou-se um bebé pequenino, e eu levei-a pela casa cantando-lhe canções de embalar.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

you will mistake me

Tu querias escrever, mas se não sabes, não escreves... Como queres? querer não é esperar de braços estendidos.

Mas as palavras não ditas queimam a garganta, sufocam o coração. O meu coração sufocado, ele bate assim:

TUMTUM

TUMTUM

mas às vezes:

TUMTUMTUMTUMTUM

e às vezes:

TUMTUM PISCATUM GATÁ

Gostava de ser, como em, o original. Mas sempre uma imitação reles de qualquer coisa...!

Irra!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Desvairada Gente


Hoje demorei uma hora a chegar a casa. Vim a pé, de metro, de autocarro, as mãos e a cara fustigadas pelo vento e pela chuva (apesar do - fracote - guarda-chuva), o nariz a fungar, mas com uma boa companhia. Um livro chamado Lisboas, de Rui Vaz de Cunha (pseudónimo) que, apesar de ter apenas lido capítulo e meio, já acho delicioso! Ainda por cima é em espanhol, e assim vou praticando para o DELE (em Maio).

Falando em pseudo-visões estranhas (ver post anterior), ia a entrar em casa, arreliada porque não encontrava o raio da chave no meio da mala, que bem a ouvia, e bem a sentia, mas lá estava presa em alguma coisa, que não saía, e pensei, Agora aparecia um vizinho e eu, Ó vizinho, se não se importa, e ele, Claro, e sacava das chaves da minha (salvo seja) casa e começava a abrir a porta e eu, caindo em mim, Mas como é que tem as chaves de minha casa, e ele desfazia-se num esgar à Joker e ouvia-se uma voz grave, GAME OVER.

Noutro tom: tenho de encontrar uma citação mesmo boa para apresentar 2ª feira à Rosario, para um dos meus colegas dissertar sobre ela (estamos a simular o exame oral do DELE). Têm sugestões?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

<>

A Alice disse-me no outro dia que estava assustada.

Às vezes tem imagens caóticas de um mundo que parece real.
Por exemplo, no outro dia, enquanto ia no autocarro, entretinha o seguinte pensamento:

Chegava ao Rato, via a colega C. a caminho do ginásio e gritava: "C.!" e, apressando o passo, tropeçava, batia com a cara no chão, partia dentes e o sangue caía-lhe queixo abaixo em abundância.

Eu disse-lhe, Alice, todos temos essas visões, de vez em quando, é não lhes fazer caso.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Vou ali a cuba e já volto ou Feliz 2009!

Este início de ano estivemos em Beja, Cuba, Portel... e ainda demos um saltinho a Évora.