Mário Crespo apresentou o livro (antes disso houve umas poucas palavras do director da sextante). Alongou-se um bocado, mas falou bem. Falou em Gordon Liddy, MacBeth, Alvin Toffler, nas perguntas intrincadas e inconsequentes da agência Lusa, na entrevista ao PM da RTP, citou o livro que citava Miguel Torga, falou ainda de John dos Passos e de outros. Lembrou uma parte do livro em que um militar de Guantánamo dizia que não podiam deixar que filmassem nada para os prisioneiros não saberem onde estão (eu lembrei-me da sensação horrível que é quando se acorda durante a noite e por segundos não se consegue perceber onde se está). Confessou também, Mário Crespo, que a pergunta que faria a Bush na conferência das Lages (se lhe tivesse sido permitida, mas apenas permitiram uma por país, e calhou à agência Lusa) seria: "O senhor acha que tem Deus do seu lado?" (depois de tanto suspense, estava à espera de outra pergunta, e fiquei um bocado surpreendida, mas depois percebi).
Nuno Rogeiro falou em união à volta da poesia (como dizia Whitman?), que os portugueses também podiam seguir esta máxima, na air sunshine, no peso de pessoas como se fossem bagagem, em Guantánamo como lugar fora da Terra, em javalis e porcos (em sentido figurado), em Miguel de Unamuno, e ainda em Phileas Fogg. Disse ainda que o livro estava dividido em vários livros: o fénomeno Barack Obama; o fenómeno do 11 de Setembro; as promessas de Obama ao povo americano e ao mundo; e, por fim, a visita a Guantánamo.
PS também disse algumas palavras e contou divertido a maneira como ele e um "senhor da CIA" entraram numa espécie de jogo em que um tentava fotografar e o outro fugia. Por fim, PS conseguiu apanhá-lo através de um reflexo.
As palavras que fecharam a apresentação foram: os EUA (e nós!) não podem tratar os seus inimigos como estes os tratam a eles; e ainda, temos de ver o futuro como um lugar melhor e ter confiança em nós mesmos.
Ainda não comecei a ler a sério, só folheei o livro, mas recomendo vivamente!
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