A Alice contou-me, com uma ponta de aflição na voz, que hoje tinha tido um sonho estranho e mau.
Estava prisioneira, não se sabe bem de quem ou do quê, num quarto. Tinha de mostrar-se alegre, ou pelo menos satisfeita com a sua condição. Talvez a atmosfera fosse um bocado a do 1984, do Orwell. Mostravam-lhe um filme futurista e ela relatava-o à Avó. Qualquer coisa assim.
Para além disso, escolhia uns óculos escuros que lhe ficavam mesmo bem.
Mas, Alice, protestei, nunca te pintaram de óculos escuros!
Ela encolheu os ombros.
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