quinta-feira, 3 de maio de 2012

Day Two - "Abrenúncio Satanás!"

Pois é, o título é retirado da canção Encontrei um Pensamento, mas a exclamação é dirigida às três bandas que se seguiram.

Mas começando pelo princípio, só conhecia esta canção d'A Presença das Formigas, e gostava bastante, mas uma canção é só uma canção e uma banda ao vivo pode deixar muito a desejar em relação à gravação... Mas não restaram dúvidas, os tipos são óptimos! A Teresa Campos tem uma voz muito bonita, as músicas são divertidas e as letras muito boas. E eu sei que não sou especialista, mas pareceu-me que são todos grandes músicos. Claro que comprei o CD (Ciclorama). A única sugestão que lhes faria seria talvez que aproveitassem mais o visual - por exemplo, na Sátira a Leanor até podiam vestir qualquer coisa mais medieval/renascentista e propositadamente folclórica.


Sigaram-se os Calomito, banda italiana, com o baterista logo a abrir muito simpático a largar o Ciao! divertido. Até aqui muito bem. O pior foi quando começaram a tocar. Eu sou suspeita, porque, como me vim a aperceber, não gosto mesmo nada deste estilo do progressivo sinfónico a tender para o sombrio. Para mim, foram aborrecidos. Aliás, bastava olhar para o próprio violinista (um tipo parecido com o Emile, o irmão do Remy no Ratatouille) para ver que também ele estava aborrecido com a música.



No intervalo, dirigimo-nos ao bar, onde vimos o Dave Lambert sozinho a beber uma cerveja. Não perdemos a oportunidade de ir lá falar com ele. Foi super simpático, apesar de estar meio zonzo - eles tinham acabado de dar um concerto no dia anterior em Londres... O P. lá lhe perguntou imensas coisas e depois quando tocou a corneta para os Änglagard eu tive a infeliz ideia de dizer que tínhamos de ir andando... Mais tarde vim a arrepender-me, porque os Änglagard são outros que tocam só notas frias e têm aquele ar meio pseudo.

Fomos jantar na tasca do costume, uma sopa que já tinha sido reservada no dia anterior e uns hamburgers. E depois voltámos para mais uma estopada de tipos a tocar rock de pauta (???!!!), sempre dentro daquele ambiente sombrio e gelado (Univers Zéro). O P. até ficou maldisposto...

Não sou obviamente contra virem bandas deste género ao GAR, até porque há muitos fãs, achei apenas estranho o facto do dia ser tão pouco variado - nunca tinha visto um dia do GAR tão "monotema". Mas foi bom ouvir os Portugueses e saber que às vezes os artistas também conseguem ver o nosso sorriso por entre as luzes da ribalta.

Sem comentários: